POLÍTICA EXTERNA, IDEOLOGIA E EMOÇÕES NA ASCENSÃO DO PARTIDO LIKUD (1977-1983)

O objetivo desse artigo é analisar o processo decisório de política externa de Israel, com destaque para a área de segurança dentro do espectro geral da formulação de políticas, ressaltando a influência de aspectos psicológicos, como as emoções, na ideologia e na política interna israelense. O aspecto pragmático da tomada de decisão de Israel esteve presente em análises como um paradigma indiscutível e, de forma a procurar entender o processo decisório, partiremos da premissa, defendida por Robert Jervis (1976), de que os decisores como seres humanos estão propensos a condições humanas naturais, como as emoções. Procura-se destacar quais atores são responsáveis pela tomada de decisão, quais seus interesses e como ocorre esse processo, utilizando o modelo de análise burocrática desenvolvido por Allison e Zelikow (1999) e teorias de psicologia política. Entendido o processo pretende-se analisá-lo no período do governo Menachem Begin (1977–1983), na ascensão da direita, representada pelo partido Likud, em Israel.

Karina Calandrin Stange /Programa de Pós-Graduação San Tiago Dantas (UNESP, UNICAMP, PUC-SP)