COMO VOTAM OS DEPUTADOS IMPORTA? UMA ANÁLISE DESCRITIVA DA REPRESENTAÇÃO E RESPONSIVIDADE NA CÂMERA BAIXA BRASILEIRA.
Participação, bem como sua formação para efeito de representação na vida estatal são elementos constitutivos do universo da política. Ocorre, que paralelo à construção do estado vige um sistema político que legitima a atuação estatal por meio de um corpo político organizado que, em regra, deveria representar as massas na tomada de decisão para implementação de políticas públicas. Contudo, as últimas eleições gerais de 2018 no Brasil, apresentaram o maior índice de renovação da Câmara dos Deputados, nos últimos 20 anos, chegando a incríveis 47,3%, haveria, portanto, insatisfação das massas? Logo, o objetivo é fazer uma análise descritiva, servindo-se da correlação de Pearson (p) para averiguar em que medida a representação resta configurada na reeleição ou não de deputados para Câmara Federal Brasileira, tem sido impactada pela responsividade de seus votos, para tanto, foram utilizados os dados das últimas duas eleições gerais para Câmara Baixa, 2014 e 2018. Também foram analisadas as votações dos deputados em projetos leis de aceite social, considerando apenas, o período referente à 55º legislatura. Ante a referência, conclui-se que, existe uma correlação fraca entre o sucesso nas eleições para Câmara Baixa Brasileira e a capacidade de votar responsivamente, há pouco poder de explicação. Muito embora o senso comum aponte no sentido de que, as massas se importam “como votam os deputados”, os resultados são contrários. Contudo, é razoável considerar que existem outras variáveis que podem ter maior poder explicação e correlação do fenômeno do sucesso eleitoral dos deputados para Câmera Baixa, dentre elas, o sistema eleitoral.