ANÁLISE DA CAMPANHA PRESIDENCIAL DE EDUARDO CAMPOS E MARINA SILVA (2014)
Este artigo tem como objetivo analisar as eleições de 2014, no Brasil, buscando observar, detalhadamente, todo o processo e as estratégias de campanha da chapa para presidente Eduardo Campos e Marina Silva. Diante disso, apresenta a forma como a campanha eleitoral do pré-candidato Eduardo Campos se reinventou após seu falecimento, tornando Marina como a candidata da chapa majoritária. Com o intuito de entender o maior desafio da campanha, esse estudo, portanto, verifica quais alterações aconteceram no planejamento da campanha eleitoral e como se deram. Além disso, discorre a maneira que essas alterações e contextos aos quais estavam inseridos puderam afetar o andamento dessas duas campanhas feitas para concorrer à presidência do Brasil no ano de 2014. Portanto, o propósito particular, é investigar o papel da construção de uma nova imagem pública para a candidatura, levando em consideração a variação das heurísticas políticas despertadas por ambos atores. Para tanto, considera o marco teórico sobre comportamento eleitoral e campanhas políticas, assim como, faz a análise de conteúdo e discurso de materiais diversos produzidos para divulgação. A partir disso, alguns levantamentos serão pontuados, como dentro do entendimento mais geral da construção da campanha, os candidatos construíram suas imagens e, de que forma, independente da maneira como suas imagens são formadas, possuem perfis visualmente distintos. Pois, estudos mostram que essas diferenças trazem efeitos distintos no processamento de informações sobre o(a) candidato(a) pelo eleitorado. Por fim, essa produção apresenta pontos característicos nomeados como erros e acertos das duas campanhas eleitorais, as quais se baseiam na inconsistência do governo da Dilma Rousseff e com um discurso baseado em esperança no futuro do Brasil, que apesar de não conseguir seu objetivo final, ou seja, a vitória, possui avanço importante no resultado eleitoral e democrático da Marina Silva comparado à eleição anterior.