Política externa na dimensão subnacional: Um debate conceitual nas Relações Internacionais sobre a Paradiplomacia e a Diplomacia Federativa
Este artigo busca responder ao seguinte problema Quais as diferenças entre os conceitos de paradiplomacia e diplomacia federativa e como esses têm contribuído para a análise de política externa no nível subnacional? A proposta do artigo é realizar um debate conceitual comparativo, no campo das Relações Internacionais, sobre a Paradiplomacia e a Diplomacia Federativa. O objetivo desta pesquisa é evidenciar ambos os conceitos como novas práticas da Política Externa. Ambos caracterizados como fenômenos contemporâneos dentro da dimensão subnacional, resultantes de variáveis contextuais domésticas e sistêmicas, tais como o processo de globalização, interdependência internacional e a redemocratização (LIMA, 2000; KEOHANE, NYE, 1988). Analisar-se-á o surgimento de ambos os fenômenos, as definições conceituais de forma comparativa, os atores envolvidos, as estruturas institucionais e principalmente a importância da interação do nível doméstico subnacional e do internacional. Serão buscados ainda exemplos destes fenômenos em casos específicos na América do Sul, isto com a finalidade de trazer evidências empíricas que corroborem a proposta do artigo. A partir dos resultados preliminares da pesquisa é possível concluir que ambos os fenômenos, embora se assemelhem e se diferenciem em aspectos como os graus de institucionalização, tem se tornado uma prática de política externa cada vez mais exercida pelos atores subnacionais (MIKLOS, 2011; PRADO, 2016). Aspecto que tem proporcionado uma maior inserção internacional desses atores, evidenciando um papel de atuação que já não lhe é exclusivo ao Estado Nacional. Finalmente, o presente artigo busca contribuir, para o aprofundamento teórico e empírico desta nova prática de política externa na dimensão subnacional, ainda pouco explorada no campo das Relações Internacionais.