Movimentos sociais e grupos políticos: lutando por espaços de representação

Cultura política: uma introdução à construção da identidade e da ação coletiva Ao definirmos nosso recorte geográfico para estudo, qual seja um município do estado de Goiás/Brasil (a cidade de Goiás), nosso objetivo é tecer algumas considerações sobre a forma como aquela região foi construída como espaço social de lutas e os motivos que a levaram a ser um local onde a atuação de movimentos sociais é intensa comparando-se ao restante do estado, a partir do estudo de Bourdieu, para quem a construção de sentidos é fundamental para a construção de grupos sociais. A metodologia utilizada consiste num estudo da história político-econômica e da luta pela terra na região, destacando a presença de algumas lideranças, além de entrevistas realizadas com figuras políticas e pertencentes a movimentos sociais no município que foi capital do estado por 200 anos, e é por isso berço de oligarquias políticas goianas. Um grupo de autores da Sociologia, da História e da Antropologia iniciam um movimento de politização de questões que antes não pertenciam ao mundo da política, do trabalho e da vida. Os movimentos sociais, os processos de engajamento, os grupos políticos ou redes políticas são termos-chave e básicos para introduzir um estudo sobre cultura política. Começamos nossas reflexões por questões primeiras: o que torna o coletivo possível? O que transforma as angústias e/ou aspirações individuais num coletivo? Ressaltamos que o coletivo não é fixo, ele não está dado previamente; se forma na experiência e por não ser uma categoria pronta, passa por cursos de inclusão e exclusão todo o tempo. Há, assim, contínuos processos de politização e despolitização, engajamentos e desengajamentos. Depois de buscarmos compreender como se constroem os espaços e as ações coletivas, devemos nos indagar: como trabalhar, então, os espaços de interpenetração dos agentes coletivos na política? Outras questões se apresentam como necessidade de investigação para nós, visto que a democracia é mais que um regime político: ela também reflete práticas de governo. Do que estamos, então, falando, quando pensamos em representação? Qual o lugar do ativismo político nos resultados eleitorais? Ao definirmos nosso recorte geográfico para estudo, qual seja um município do estado de Goiás/Brasil (a cidade de Goiás), nosso objetivo é tecer algumas considerações sobre a forma como aquela região foi construída como espaço social de lutas e os motivos que a levaram a ser um local onde a atuação de movimentos sociais é intensa comparando-se ao restante do estado, a partir do estudo de Bourdieu, para quem a construção de sentidos é fundamental para a construção de grupos sociais. A metodologia utilizada consiste num estudo da história político-econômica e da luta pela terra na região, destacando a presença de algumas lideranças, além de entrevistas realizadas com figuras políticas e pertencentes a movimentos sociais no município que foi capital do estado por 200 anos, e é por isso berço de oligarquias políticas goianas. Um grupo de autores da Sociologia, da História e da Antropologia iniciam um movimento de politização de questões que antes não pertenciam ao mundo da política, do trabalho e da vida. Os movimentos sociais, os processos de engajamento, os grupos políticos ou redes políticas são termos-chave e básicos para introduzir um estudo sobre cultura política. Começamos nossas reflexões por questões primeiras: o que torna o coletivo possível? O que transforma as angústias e/ou aspirações individuais num coletivo? Ressaltamos que o coletivo não é fixo, ele não está dado previamente; se forma na experiência e por não ser uma categoria pronta, passa por cursos de inclusão e exclusão todo o tempo. Há, assim, contínuos processos de politização e despolitização, engajamentos e desengajamentos. Depois de buscarmos compreender como se constroem os espaços e as ações coletivas, devemos nos indagar: como trabalhar, então, os espaços de interpenetração dos agentes coletivos na política? Outras questões se apresentam como necessidade de investigação para nós, visto que a democracia é mais que um regime político: ela também reflete práticas de governo. Do que estamos, então, falando, quando pensamos em representação? Qual o lugar do ativismo político nos resultados eleitorais?

Lara Izabella Arantes Tosta /CPDA/Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro